na noite e dia o tempo circula,
empoeirado de pequenos silêncios,
com gritos prisioneiros, na lucidez feroz
do desprezo imposto, pela humilde nostalgia
na cidade dos pequenos nadas
só um vendedor de jornais
sorri com a escrita
impressa no rosto
a pressão é anseio na metamorfose
do cheiro das paisagens obstinadas
o canto nasce na pausa do dia
esgravata os espaços nos quadrados dos areais,
deixa a neblina sem som.
e provoca o senso, no deslavado remar sem dedos
nas ruas, correm as cabeças de muitos nomes
o génese é infundido na origem dos domínios,
a noite cresce no soluço tumefacto
e irrompe o odor da fadiga .
a ponte tem a noite e o dia
e a faina rola sobre o tempo
helena maltez
empoeirado de pequenos silêncios,
com gritos prisioneiros, na lucidez feroz
do desprezo imposto, pela humilde nostalgia
na cidade dos pequenos nadas
só um vendedor de jornais
sorri com a escrita
impressa no rosto
a pressão é anseio na metamorfose
do cheiro das paisagens obstinadas
o canto nasce na pausa do dia
esgravata os espaços nos quadrados dos areais,
deixa a neblina sem som.
e provoca o senso, no deslavado remar sem dedos
nas ruas, correm as cabeças de muitos nomes
o génese é infundido na origem dos domínios,
a noite cresce no soluço tumefacto
e irrompe o odor da fadiga .
a ponte tem a noite e o dia
e a faina rola sobre o tempo
helena maltez